Data Mercantil

De olho no “docinho pós-almoço”, Sodiê lança modelo de container e vai além das lojas de rua

Novo formato de franquia será inaugurado em março e deve marcar incursão da marca em modelos de negócio mais acessíveis para novos franqueados

A rede de docerias paulistana Sodiê está de olho na diversificação dos canais de venda à disposição de seus mais de 350 franqueados pelo país. A empresa está lançando um modelo de franquia em container, com menores custos para novos empreendedores. Com foco inicial no Nordeste, a primeira unidade será inaugurada em Natal, no Rio Grande do Norte, em meados de março.

No novo modelo de loja física, o foco estará nas vendas, já que não haverá espaço para a fabricação de produtos. No portfólio, assim como em outros modelos de pontos de venda já existentes, estão pedaços de bolos, doces e salgadinhos diretamente ao consumidor final, além das entregas por delivery.

A chegada do novo modelo vem num esforço da empresa em acelerar a entrada em novos pontos que vão além das lojas de rua. Com formato mais enxuto, um container pode ser instalado mais rapidamente em ambientes com grande circulação de pessoas, como shopping centers, postos de gasolina, supermercados, parques e até mesmo escritórios. 

“É um modelo mais democrático, já que é mais barato e acessível”, diz Fábio Araújo, gerente geral da Sodiê Doces. O modelo, por ser enxuto e já pronto, será até 60% mais barato que uma loja tradicional (que custa em torno de R$ 600 mil), segundo o executivo.

De acordo com Araújo, concentrar os esforços de lançamento e comunicação de marca no Nordeste, neste primeiro momento, é o pontapé para uma estratégia agressiva de expansão para outras regiões no futuro. “Com uma rede de São Paulo, sabemos que o mercado aqui no Sudeste está saturado, e temos incontáveis oportunidades no Nordeste. É onde enxergamos a possibilidade de acelerar negócios”, diz.

Por que a Sodiê está lançando containers?

Por trás do lançamento do container está o objetivo de alcançar consumidores que até então não comprariam os produtos da Sodiê no dia a dia. 

Ao invés de atrair compradores que teriam contato com a rede apenas por conta das encomendas e fatias de bolo para festas de aniversário, a presença do container em locais de grande movimentação atendem a um novos momentos da rotina, como a caminhada em parques e o retorno aos escritórios após o almoço. “As compras por impulso movimentam muito dinheiro. Agora, vamos estar próximo de consumidores que não conseguem pegar o carro e ir até uma loja, por exemplo”, diz.

Nas contas da Sodiê, o container tem potencial de representar algo como 20% de todas as novas aberturas da rede em um futuro próximo. “É um projeto embrionário, mas muito consistente”, diz Araújo. O novo modelo está se desenhando, mas, não há dúvidas, de que será uma outra forma de investimento por parte dos novos franqueados, com a qualidade de sempre”.

O momento da Sodiê

O empenho em se lançar em novos formatos de lojas vem junto de melhorias nas lojas já existentes e um crescimento contínuo nas receitas. Em 2022, a Sodiê reformou um terço das lojas para tornar os ambientes mais atraentes a consumidores animados com o retorno às atividades presenciais no pós-pandemia. O resultado foi um faturamento de 560 milhões de ­reais, 20,5% mais do que no ano anterior.

“A Sodiê não abre mão de ter uma gestão inovadora, que sempre está voltada ao futuro e as tendências de mercado. Será mais um grande sucesso na nossa rede, as unidades containers.”, diz  Cleusa Maria da Silva, que fundou a Sodiê Doces em 1997.

Em 2023, já com o novo modelo, a expectativa da Sodiê é abrir 30 unidades em 2023 e faturar 644 milhões de reais, 15% a mais que em 2022.

Fonte: Exame

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