Construtoras e incorporadoras que atuam na baixa renda animam analistas e investidores com as perspectivas de programa do novo governo para acelerar lançamentos e entregas de residenciais no Minha Casa Minha Vida. Mas não estão de olho em qualquer projeto. Um levantamento feito pelo research do Santander com empresas do setor, listadas e não listadas na Bolsa revela o interesse do mercado pela primeira faixa do programa: praticamente inexistente.
A faixa 1 diz respeito aos conjuntos habitacionais em cidades com até 50 mil habitantes e renda bruta familiar de R$ 1,8 mil. Segundo o Santander, 83,3% das empresas que participaram da pesquisa setorial dizem que não estariam interessadas nesse segmento se o governo reativá-lo.
“A falta de interesse é explicada pelo pouco know-how e/ou por falta de vantagem competitiva nesse segmento”, aponta o relatório do Santander. “Os poucos participantes (16,7%) que declararam algum interesse nessa faixa dizem que só operariam no segmento se o governo oferecer mais garantias de pagamento (como depósito antecipado como caução).” O interesse da maioria é nas operações mais perto do teto de renda do programa.
Fonte: Valor Pipeline