Data Mercantil

Ela investiu R$ 100 para fazer trufas em casa e hoje tem empresa que fatura R$ 3 milhões

Luciana Machado é dona do Ateliê Lu Chocolates. Ela começou a fazer chocolates em casa para ter uma renda extra e hoje atende grandes eventos e vende diretamente para o consumidor final

Telespectadora de programas vespertinos de culinária, Luciana Machado, hoje com 44 anos, usou o hobby para empreender em 2004. Na época, ela tinha um filho de dois anos e precisava de uma renda extra para ajudar nas contas da casa. Além disso, ativa desde os 14 anos de idade, ela queria voltar a trabalhar. Machado lembra que investiu pouco mais de R$ 100 para fazer as primeiras trufas. Hoje, é dona do Ateliê Lu Chocolates, que faturou R$ 3 milhões em 2021.

O marido de Machado trabalhava em uma empresa em Mauá (SP), onde a família mora. Ao longo dos anos, ela foi se especializando com cursos, aprimorando a receita dos chocolates, buscando novas inspirações e vendendo de porta em porta para conhecidos. Nesse período, ela passou a atender encomendas, fazer alguns eventos, como bingo de ovos de Páscoa, além de outras atividades que a ajudavam a engajar o negócio na região.

A grande virada ocorreu em 2015, quando o marido de Machado perdeu o emprego. Até então ela atuava como Microempreendedor Individual (MEI). O casal resolveu focar no negócio de chocolates artesanais, que mostrava potencial de crescimento. A empreendedora mudou a regularização para o Simples Nacional, e o marido começou a ajudá-la na gestão e parte financeira do negócio.

Já mais conhecida na região, e com foco total nos doces, Machado começou a crescer e contratar pessoas para ajudá-la. Em pouco tempo, eles se mudaram para uma pequena casa em Santo André, também na Grande São Paulo, para elevar a produção. “Em 2019 o espaço já ficou pequeno demais, e precisamos ir para um lugar maior”, conta.

Nessa fase, o Ateliê Lu Chocolates estava focado em eventos, como casamentos e festas de aniversário, e encomendas grandes. Em 2020, com a pandemia, a empreendedora precisou repensar o negócio. “Eu já queria vender no varejo, diretamente para o consumidor, mas não estava preparada. Ali eu precisei ir de um jeito ou de outro.” Com vendas via delivery, e-commerce e uma loja de fábrica, ela conseguiu não só manter o negócio, como crescer 30%.

“Tivemos um crescimento bom até o início deste ano. Depois deu uma estabilizada, e os eventos foram retornando”, diz. Ela conta que aproveitou o momento para “arrumar a casa”, buscando orientações sobre empreendedorismoeajustando a ficha técnica dos produtos, com a contratação de uma nutricionista. Embora os eventos tenham retornado, a loja ainda mantém um crescimento significativo mês a mês.

Hoje, a empresa tem 31 colaboradores e faturado cerca de R$ 370 mil por mês. A expectativa para este ano é fechar com um montante cerca de 20% superior ao do ano passado. Para o futuro, a empreendedora tem estudado a possibilidade de abrir uma cafeteria, onde poderá combinar a bebida com seus produtos, e alimentar a plataforma da Hotmart com vídeos de receita, em parceria com amigos, clientes e artistas – sim, bem parecidos com aqueles programas em que ela própria se inspirava.

Fonte: Revista PEGN

Sair da versão mobile