Data Mercantil

Ibovespa quebra série de altas e recua, mas avança na semana com eleição

O Ibovespa fechou em queda nesta sexta-feira, encerrando uma série de cinco pregões de alta, com as ações da Cosan entre as maiores baixas após anunciar compra de participação na Vale, que também perdeu o fôlego após a notícia.

Wall Street endossou o ajuste na bolsa paulista, mais uma vez fechando em baixa, com dados de emprego corroborando as apostas de que o Federal Reserve seguirá com a campanha de aumento da taxa de juros que muitos investidores temem que leve a economia dos Estados Unidos a uma recessão.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 1,01%, a 116.375,25 pontos, após encostar nos 118 mil pontos na máxima do pregão. O volume financeiro somou 32,5 bilhões de reais.

Na semana, o Ibovespa valorizou-se 5,76%, em desempenho que reflete principalmente a alta de 5,54% na segunda-feira, quando reagiu ao resultado do primeiro turno das eleições no Brasil, com disputa mais apertada do que o esperado na corrida presidencial e uma composição de centro-direita no Congresso.

As primeiras pesquisas divulgadas durante a semana, incluindo Datafolha nesta sexta-feira, continuaram apontando favoritismo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre Jair Bolsonaro (PL) para o segundo turno, no dia 30.

Em Nova York, o S&P 500 caiu 2,8%.

O Departamento do Trabalho dos EUA divulgou a criação de 263 mil vagas de emprego fora do setor agrícola no mês passado, abaixo das 315 mil de agosto, mas acima do esperado, enquanto o desemprego caiu a 3,5%.

Para Raone Costa, economista-chefe da gestora Alphatree, os dados são uma evidência de que o mercado de trabalho norte-americano está começando a esfriar, mas é algo ainda muito incipiente, e as contratações ainda estão em um patamar forte.

“Acredito que seja um dado que não define nada para o Fed”, afirmou, referindo-se ao banco central dos EUA. Na visão dele, o principal componente para a próxima decisão é o índice de preços ao consumidor (CPI). O dado de setembro sairá no próximo dia 13.

Os números, na visão de Felipe Sichel, sócio e economista-chefe do Banco Modal, reforçam sua projeção de alta do juro dos EUA em pelo menos 1,25 ponto percentual até o final do ano.

Fonte: Reuters

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