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Entenda Os Anéis de Poder: Elenco e criador explicam a série de Senhor dos Anéis

Atores e showrunner conversaram com o Omelete para dar um gostinho do que veremos na série do Prime Video

O Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder chega ao Prime Video, nesta quinta-feira (1º), cercada por expectativas. Não à toa: a série carrega o peso de ser a mais cara já feita, com custos estimados na astronômica cifra de US$ 1 bilhão, e é decisiva para impulsionar a plataforma e o Amazon Studios em meio à guerra do streaming. Mas tão importantes quanto são as expectativas em torno da história, adaptação do universo criado J. R. R. Tolkien.

A companhia de Jeff Bezos (ele mesmo um grande fã da saga), afinal, comprou em 2017 os direitos aos apêndices escritos pelo autor. Estes, agora, servem de base para levar às telas um dos períodos mais intrigantes da mitologia tolkeniana: a Segunda Era da Terra Média, período que se passa milhares de anos antes dos eventos da trilogia consagrada nos cinemas por Peter Jackson e é marcado por grandes acontecimentos – em particular, a forja dos Anéis de Poder (incluindo, sim, o Um Anel que conhecemos).

Para entender melhor qual é a história da série, como personagens já conhecidos do público serão (re)apresentados e quem vamos conhecer agora, o Omelete conversou com o elenco da série e com um de seus criadores, Patrick McKay. O resultado, você confere neste texto e no vídeo acima.

Por que a Segunda Era? (Spoiler: tem a ver com Sauron)

Para McKay e o cocriador J.D. Payne, essa definição foi a “parte fácil” do trabalho. “Queríamos contar uma história nova, queríamos contar uma história épica, e não queríamos que ela parecesse um ‘puxadinho’. Queríamos algo que pudesse ficar de pé por si só, para fãs e não-fãs, e a Segunda Era parecia a melhor escolha”.

O fato de a história do período ser marcada pela ascensão do grande vilão Sauron foi, claro, um grande atrativo para a dupla. “É a história de Sauron, da forja dos anéis e de como ele engana os povos da Terra Média, o que por fim culmina na queda de alguns dos maiores reinos, e na união de todos para derrotá-lo. Essa história é épica e muito poderosa”.

Como Sauron será retratado, inclusive, é um dos grandes mistérios da série – e McKay guarda bem o segredo. “Tudo o que posso dizer é que Sauron é muito poderoso, um enganador. Quando o nome dele surge, ele significa algo para todo mundo”, afirma.

Velhos conhecidos

Mas Sauron não é o único nome conhecido que retorna. Veremos ainda os elfos Galadriel e Elrond, alguns milhares de mais anos mais jovens e agora interpretados, respectivamente, por Morfydd Clark e Robert Aramayo.

A jovem Galadriel (Morfydd Clark) em Anéis de PoderDivulgação

Clark, um dos destaques da estreia da série, é fã dos livros, mas diz ter ficado “aterrorizada” quando recebeu a notícia de que havia conseguido o papel. “Eu não sabia onde começar, então me voltei aos livros”, recorda. “Fui ler, ouvir e ver tudo o que podia, e em certo momento ela [Galadriel] fala que ganhar sabedoria é perder inocência. E isso foi muito útil porque ela é mais jovem, mas não é jovem. Ela é velha, e vai ficar muito mais velha. Ela está perdendo a inocência onde eu começo, e foi muito bom saber para onde ela estava indo”.

Novos rostos (e reinos)

Os Anéis de Poder, porém, vai trazer muitos novos rostos e mergulhar em lugares que não foram explorados antes – caso de Númenor, o maior reino dos homens na Segunda Era. “Os númenorianos são atormentados pela própria mortalidade”, define Trystan Gravelle, que interpreta Pharazon, um importante conselheiro político. “Acho que no centro disso está um temor existencial. Eles também não se importam muito com a natureza, eles tiram e constroem”.

Leon Wadham, que vive Kemen, filho de Pharazon, indica que o público encontrará o reino em tempos de tensão. “A ilha [em que Númenor está] foi um presente dos elfos e, no começo, nós seguíamos os costumes élficos. Mas agora estamos tentando colocar isso para trás, então há uma divisão entre os que querem voltar aos costumes élficos e as pessoas que querem seguir em frente”.

Outro reino que aparecerá em toda a sua glória é Khazad-Dûm, ou Moria, lar dos anões – que nos filmes já surge em ruínas. É lá que conheceremos o príncipe Durin IV (Owain Arthur) e sua mulher, a princesa Disa (Sophia Nomvete). “Foi muito empolgante ser quem abre as cortinas para mostrar como os anões realmente vivem”, conta Arthur. “Na maior parte do tempo, os anões estão viajando, mas agora você realmente pode ver esses personagens em casa”.

Disa (Sophia Nomvete) e Durin (Owain Arthur) em Anéis de PoderDivulgação

Nomvete completa: “Agora conseguimos explorar várias dimensões dos anões; seus traços, sua cultura, e trazer à vida o que sempre foi falado sobre o passado”. A dupla adianta que os sets do reino ficaram deslumbrantes – especialmente a casa de Durin e Disa: “Nossa casa é incrível!

E há, também, novos elfos. A começar por Gil-Galad (Benjamin Walker), Alto-Rei dos elfos figura lendária dentro do cânone de Tolkien. “Ele é aquele cara que, como pai amoroso, provavelmente jogaria os filhos na água para eles aprenderem a nadar. Gil-Galad entende que o mal está logo ali, então um pouco de água não vai machucar”, define Walker, que também mergulhou nos livros como pesquisa para o papel. “Ser pago para ler Tolkien é um ótimo trabalho”, brinca.

Por último, mas não menos importante, veremos ainda Arondir (Ismael Cruz Córdova), elfo silvestre que é um pouco diferente dos outros que conhecemos. “Ele foi encarregado de vigiar o povo das Terras do Sul, que séculos atrás se aliou ao lado errado da guerra. Mas ele é diferente. Ele é um guerreiro, mas com profunda sensibilidade e muita curiosidade, o que o leva a se apaixonar por uma humana”, diz o ator.

Fonte: Omelete

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