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Terça-feira, 23 de abril de 2024

Maior da Copa do Mundo, Estádio de Lusail é dourado, futurista e imponente

O Estádio de Lusail foi chamado no começo das obras de “Estádio Icônico” porque é o mais importante da Copa do Mundo do Qatar e simboliza a imagem que o país quer passar para o mundo. É o maior dos oito, com capacidade para 80 mil torcedores, e palco da final marcada para 18 de dezembro. Na primeira fase, a seleção brasileira tem dois jogos por lá: contra Sérvia (a estreia, em 24 de novembro) e Camarões (2 de dezembro).
O estádio está sendo construído dentro de uma nova cidade que tem o mesmo nome. A menos de 20 km da capital Doha, Lusail foi durante décadas uma vila isolada no meio do deserto, mas agora faz parte de um projeto ousado de modernização que passa pelo esporte. A nova cidade erguida do zero para desafogar Doha terá população entre 200 e 450 mil pessoas e uma série de inovações, do tipo táxi aquático e dutos subterrâneos de refrigeração.
Tudo é de última geração e sustentável no estádio de Lusail, a começar pela climatização que usa energia solar e a pegada de carbono zero.
Na parte da arquitetura, a forma e a fachada se inspiram nas tigelas onde se servem tâmaras da época de ouro do artesanato islâmico, enquanto a iluminação se inspira numa lanterna local chamada fanar, que é uma espécie de lampião. À noite, o efeito das sombras e luzes revela um estádio dourado, futurista e imponente. Tanto é que quase todos os jogos por lá serão à noite -no Brasil, às 16h.
A entrada no estádio pelo estacionamento já dá a dimensão de multidão: as paredes são decoradas com fotos de 80 mil pessoas que participaram das obras, um mosaico enorme e colorido. Dentro, curiosidades divertidas: será possível tirar selfies com os jogadores da Copa em formato holográfico e comprar camisas das seleções em shoppings virtuais nos corredores de acesso às arquibancadas.
É o único palco da Copa do Mundo que ainda não recebeu partidas. A inauguração está marcada para 9 de setembro com um torneio amistoso disputado entre os campeões nacionais da Arábia Saudita e do Egito.
Depois da Copa, o estádio manterá o formato e a fachada, mas deixará de ser um estádio de futebol. A promessa é construir um espaço comunitário, com escola, academia, moradias, salas comerciais, lojas, cafés, clínicas de saúde e o que mais couber.

Fonte: FolhaPress