Economia
Sábado, 20 de abril de 2024

Expectativa de alta nos preços dos imóveis diminui no 2º trimestre de 2022, diz pesquisa

Para os próximos 12 meses, 37% projetam alta nominal no valor dos imóveis

A expectativa de alta nos preços dos imóveis caiu no segundo trimestre de 2022. De acordo com uma pesquisa divulgada nesta quinta-feira (11), pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), em relação à expectativa de preços para os próximos 12 meses, 37% dos respondentes projetam uma alta nominal no valor dos imóveis no 2º trimestre de 2022. No mesmo horizonte de tempo, o percentual era de 43% em 2021.

Na mesma perspectiva dos próximos 12 meses, o estudo aponta que a participação de pesquisados que partilham de uma expectativa de manutenção dos preços atuais oscilou de 30% para 25%, em contraste com o crescimento do grupo que aposta na queda para os preços dos imóveis, que passou de 9% para 13% da amostra.

Preços atuais

A amostra ainda trata da percepção dos entrevistados com relação aos preços atuais dos imóveis. A parcela de respondentes que classificavam os valores dos imóveis como “altos ou muito altos” escalou de 68% no 2º trimestre de 2021 para 76% da amostra do 2º trimestre de 2022, consolidando-se assim como maior percentual para esse trimestre desde 2015 (período em que essa percepção foi compartilhada por 78% dos respondentes da amostra).

Já o percentual de respondentes que enxergavam os preços atuais dos imóveis como “razoáveis” recuou de 23% para 17% no mesmo horizonte temporal. Por fim, segundo a Fipe, a percepção de que os preços atuais encontravam-se em níveis “baixos ou muito baixos” declinou de 5% da amostra para apenas 2% dos respondentes no último trimestre.

Intensão de compra

A intensão por parte dos respondentes em adquirir imóveis registrou pequena variação.

A proporção de respondentes que declarou intenção de adquirir imóveis nos próximos três meses oscilou de 41%, no 1º trimestre de 2022, para 42%, no 2º trimestre de 2022, distanciando-se ainda mais do patamar observado ao final de 2020 (48%).

A pesquisa identificou que, entre aqueles que declararam intenção de adquirir um imóvel no futuro próximo, a maior parte dos respondentes declarou preferência por imóveis usados (46%) ou se mostrou indiferente entre novos e usados (45%).

Já em termos de objetivo, a maior parte dos compradores potenciais explicitou a intenção de utilizar o imóvel para “moradia” (88%), superando em larga medida a finalidade “investimento” (12%).

Aquisições

A participação de compradores – aqueles que declararam ter adquirido imóvel nos últimos 12 meses – declinou marginalmente entre o 1º trimestre de 2022 (13%) e o 2º trimestre de 2022 (12%), distanciando-se em dois pontos percentuais do patamar registrado no 2º trimestre de 2021 (14%), aponta o levantamento.

Em relação ao tipo do imóvel adquirido, uma parcela crescente dos compradores declarou preferência por imóveis usados (75%), ao passo que, entre os objetivos declarados, o uso do imóvel como “moradia” oscilou positivamente (de 53% para 55% dos compradores) em contraste ao motivo “investimento” (de 47% para 45%).

Segundo a pesquisa, considerando aqueles que adquiriram o imóvel para “moradia”, a opção “morar com alguém” foi prevalente (71%); ao passo que, entre os investidores, destacou-se o aluguel do imóvel para geração de renda (81%).

Fonte: CNN