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Popverso: Hanson volta ao Brasil em outubro com novo trabalho

Em entrevista ao programa, banda comenta o processo criativo do mais recente álbum, que será dividido em três partes, cada com cinco composições de cada um dos irmãos

Em 1997, o Brasil ainda era tetra campeão mundial no futebol, João Paulo II era papa e ainda passava desenho pela manhã na TV.

Nesse mesmo ano, uma banda formada por três irmãos nascidos em Tulsa, no estado do Oklahoma, nos Estados Unidos, alcançou o estrelato com uma música chamada “MMMBop”.

O sucesso foi tão grande que, se você já era nascido nesse período, com certeza absoluta leu o nome da canção cantando a melodia: era impossível ficar indiferente aos Hanson.

Na época, o que chamava atenção de todos era, além do talento nato para compor canções de pop rock, a idade dos garotos: Taylor, o tecladista e um dos vocalistas, tinha 13 anos; Isaac, o guitarrista e também vocalista era o mais velho, com 16 anos, e Zac, que impressionava ao tocar sua bateria com a naturalidade de um adulto experiente mesmo tendo somente 11 anos.

Atualmente, o que impressiona mesmo é o amor por tudo que envolve a música. Em pouco tempo de conversa com os irmãos, já é possível entender que o maior responsável pela longevidade do grupo é a paixão pelo que fazem.

“É muito divertido poder fazer coisas assim depois de três décadas e ainda estar encontrando maneiras de se desafiar criativamente”, diz Zac.

Formada em 1992, o Hanson está comemorando 30 anos na estrada divulgando o sétimo e mais recente álbum, “Red Green Blue”, lançado em neste ano.

A proposta do álbum é bastante interessante: são 15 músicas divididas em três partes, cada uma têm cinco composições de cada um dos irmãos. “Muitos artistas estão em competição com todos os outros artistas de sucesso; nós estamos mais em competição um com o outro”, comenta Zac.

A ideia é arriscada; a chance de um projeto desse parecer bagunçado e sem foco é bem grande. Mas os garotos se preocuparam bastante em como fazer tudo soar orgânico e natural, mesmo com as diferentes visões e influências de cada um.

Isaac leva suas composições para um lado mais folk e com pitadas de country; Taylor traz canções acústicas e bastante teclados; Zac é o que tem a parte mais versátil do álbum: vai desde uma canção bem ao estilo das “olddies” dos anos 50 (“Where I Belong”), até às coisas mais modernas do trabalho (“Bad”).

O maior êxito do trabalho é exatamente esse: apresentar as diferentes referências de cada um e, mesmo assim, soar como uma banda coesa e bem azeitada.

Segundo Isaac, “a ideia era dar essa ‘cola’. Se fizéssemos de outra maneira, poderia ficar tudo muito diferente de um jeito ruim”.

Para quem quiser conferir como o novo material soa ao vivo — ou mesmo pelo valor nostálgico —, o Hanson chega ao Brasil em outubro para realizar sete shows.

Fonte: CNN

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