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Ditador do Chade morre após confronto com rebeldes, diz porta-voz do Exército

SÃO PAULO – O ditador do Chade, Idriss Déby Itno, 68, morreu nesta terça-feira (20) em decorrência de ferimentos recebidos durante uma operação militar contra rebeldes no norte do país no fim de semana, de acordo com um anúncio feito pelo porta-voz do Exército chadiano.
“O presidente da República, chefe de Estado e chefe das Forças Armadas, Idriss Déby Itno, acaba de falecer, defendendo a integridade territorial no campo de batalha”, disse o general Azem Bermendao Agouna, durante pronunciamento transmitido pela televisão estatal. “É com grande amargura que anunciamos ao povo chadiano sua morte.”
Militar de carreira, Déby estava no poder há 30 anos, desde que assumiu a liderança do Chade após um golpe em 1990. Nesta segunda-feira (19), ele foi declarado reeleito com 79% dos votos para o sexto mandado de seis anos.
Idriss Déby, ditador do Chade, durante evento de campanha eleitoral em Ndjamena, capital do país Marco Longari – 9.abr.21/AFP ** Seu filho, Mahamat Idriss Déby Itno, 37, que era o comandante da guarda presidencial, foi designado como chefe do conselho militar encarregado de substituir o ditador.
Déby, recentemente promovido a marechal, tinha o hábito de vestir o uniforme militar e se juntar aos soldados. No último final de semana, de acordo com informações do regime, ele visitou as tropas na linha de frente depois que rebeldes baseados na fronteira norte da Líbia avançaram centenas de quilômetros em direção a Ndjamena, capital do Chade.
“O marechal Idriss Déby Itno, como fazia cada vez que as instituições da república eram gravemente ameaçadas, assumiu o controle das operações durante o heróico combate liderado contra os terroristas da Líbia. Ele foi ferido durante os combates e morreu ao ser repatriado para Ndjamena”, disse o porta-voz das Forças Armadas.
Com a morte do ditador, o Parlamento do Chade foi dissolvido, e as autoridades impuseram um toque de recolher em todo o país das 18h às 5h. Segundo o regime, “as medidas foram tomadas para garantir a paz, a segurança e a ordem republicana”.

Fonte: FolhaPress

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